quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Zé Ramalho - A Noite Preta



 A Noite Preta

E nesse ano a noite preta pega a porta
E arremessa contra a massa da parede
A ventania canto faca tudo corta
A sombra torta estranha como a rede
Cabeça cheia como um saco de confetes
Pende dos ombros com serpentes e cabelos
E essa louca cobra loura reluzente
Se enrosca no tronco do cotovelo
E refletidas no cubí­culo calado
Pulsam, dilatam-se cadeiras que se movem
Brilham os ratos e bordados nos sapatos
Brilham insetos alimentando sapos


Nenhum comentário: