quinta-feira, 12 de março de 2009

terça-feira, 10 de março de 2009

Excomunhão II











Recebi este poema por email:

A EXCOMUNHÃO DA VÍTIMA

Miguezim de Princesa

I
Peço à musa do improviso
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço que Deus que me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração.

II
Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.

III
Mas o bispo Dom José,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vítima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.

IV
Depois que houve o estupro,
A menina engravidou..
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor.

V
O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão..

VI
Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.

VII
É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saída
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.

VIII
Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda,
Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos.

IX
Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a igreja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na lingüiça
É uma coisa do Cão.

X
E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A família da menina
E o ministro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão..

Excomunhão













Todo mundo foi excomungado menos o pedófilo. Mesmo com risco de vida, abortar nunca! A menina que morresse, no mínimo fez por merecer... Dá pra entender. Se a igreja fosse excomungar todos os pedófilos ia ficar difícil arrumar padre pra rezar as missas.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Fora Collor - parte 2














Quando eu era criança, nos “áureos tempos” da ditadura, havia 2 partidos políticos: A Arena (direita) e o MDB (esquerda). Meu pai era funcionário público. Fudido. Eu acreditava em pessoas tipo Miro Teixeira. Hoje vi na televisão o que aconteceu no senado. Graças ao PMDB (não esperava nada diferente disso), o Collor na Comissão de Infraestutura.

Na época em que Collor foi presidente, primeiro quis juntar minhas 50 URVs com a de outros roubados e comprar armamento (não houve quorum), depois clamei aos céus por alienação política, o que os olhos não vêem (e agora reforma ortográfica?) o coração não sente. Eu estava lá no impeachment gritando frases tipo: “Dona Rosane, sua sacana! Comprou calçinha e soutien com a nossa grana!”, “Foi, foi, foi pro caralho, foi!”. Até pedi um minuto se silêncio em pleno Amarelinho, pela morte da mãe do filho da puta (ao que se seguiu extensa comemoração, rsrsrsrsrs). Usei botons “Não ria de mim Argentina”.Depois levei um tempo iludida e votando. Até que fui trabalhar em uma Prefeitura.

Hoje em dia não voto mais nem em eleição de síndico.

Defendo um movimento, o MLP - Morte Lenta aos Políticos. Se o Collor, a Zélia, o ACM e tantos outros “Inocêncios” tivessem sido executados em praça pública, com requintes de crueldade durante pelo menos 1 ano, talvez a gente conseguisse mudar de merda e de moscas.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Telemarketing









Puta que pariu. Consegue ser mais chato do que testemunha de Jeová. Esses chegam falando: “Bom dia, trouxe uma mensagem de Deus para você! Você acredita em Deus?”. Ao que eu respondo: “Sim, em todos eles”. Pronto. Assunto encerrado. Com telemarketing não. O tel toca, você atende pensando que é alguma coisa séria e escuta aquela voz (geralmente com sotaque paulista) D. Ruth? Caralho! De repente tu ta tomando banho, trabalhando, dormindo depois de uma insônia, não desliga o tel porque pode ser assunto de trabalho e lá está o/a paulista: “D. Ruth?”. Sabe o que me da vontade de fazer? “Alô, D. Ruth? Aqui é Antônio de Souza do Jornal Tal...” Gostaria de responder (histéricamente) : “Ela não pode mais atender, sabe porque? Porque ela morreu, estou fazendo tratamento psiquiátrico pra superar isso e você vem me lembrar! Chega! Chega! Nunca vou conseguir superar isso! Quero morrer também! Vou morrer e vai ser agora! Mais antes vou deixar um bilhete dizendo que a culpa é sua Antônio de Souza do Jornal Tal!
Ou quando não é pra mim, é pro meu marido por exemplo: “Alo, o Sr Fulano está?”. Tanto faz se fosse homem ou mulher ligando, eu perguntaria? “Quem deseja?” “É Ana Letícia do Banco Tal”. Eu responderia: “Então é você sua vagabunda? Ta querendo o quê com meu marido? Pensa que eu não sei que vocês são amantes? Então é aí que você trabalha Ana Letícia? Vou aí arrebentar a sua cara!”.
Maldito remorso! Se não fosse por ele eu acabaria com a carreira de vários operadores de telemarketing!