terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Segunda Insana


Querido diário,

Aí eu fui pra Sana. Ontem. Fora da área de cobertura, o que me provoca uma sensação de claustrofobia, mas tudo bem.
Quase toda cidadezinha tem uma praça, uma igreja, um bêbado e um maluco. Lá também tinha a praça e a igreja, mas como era um lugar pequeno, o bêbado e o maluco eram a mesma pessoa. Até aí tudo bem.
Na hora do almoço descobri que na pousada não vendia cerveja. Nosso personagem que acumulava as funções de bêbado e maluco estava alterado, ou seja, tudo normal. Fui pras cachoeiras. Na volta fiquei numa birosca simpática e aí o maluco aditivado surgiu, agora armado com uma faca. Os locais pareciam não ligar muito, só uma mulher resolveu brigar com ele. Vi que aquela situação não podia dar muito certo, sou o maior pára-raios de maluco, quando não atraio, sou atraída pra eles, é uma atração fatal. Fui pra pousada.
À noite descobri que não rolava jantar, a maioria dos lugares estava fechada e a padaria não vendia cerveja. Comecei a entender porque tanta gente fuma maconha por lá. Tudo bem, voltei pra birosca onde pedi uma batata frita que veio à moda Jacques Cousteau na Baía da Guanabara: Mergulhada em óleo.
Depois de descobrir como funciona um orelhão, consegui dar notícias e avisei que retornaria no dia seguinte.
Resolvi voltar pra pousada, aí se fez a luz! Abriu um BAR em frente à pousada, rolando um vídeo do Pink Floyd e CERVEJA! O dono era um argentino simpático, começamos a conversar, eu já estava desistindo da idéia de ir embora no dia seguinte, quando quem apareceu? Ele! O doido aditivado e agora em nova versão: Mais armado e mais perigoso, trocou a faca por uma peixeira, e dizia que queria matar um cara que roubou ele. O argentino resolveu conversar com ele, o que não funcionou, e o doido saiu andando por lá bêbado, surtado e armado.
Segundo o argentino o cara só queria chamar atenção. Quando eu quero chamar atenção passo um batom vermelho, coloco uma roupa decotada, sei lá, agora com uma peixeira acho que ele queria era matar alguém.
Voltei pra pousada. O cenário era perfeito. Uns chalés com um rio ao fundo. Perfeito para um filme de “sexta feira 13”, ainda bem que o Jason de Sana não pensou o mesmo.

Esta foi a minha segunda feira em Sana. Não fiquei 24hs lá. Hoje acordei cedo e saí antes que o nosso amigo voltasse, de repente com uma moto-serra.

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