Agora o tema predominante na televisão é a questão do perdão. Digo que está predominando, porque até eu que não vejo novela, sei da estória do Raul Cadore e da D. Norminha (sei até o nome dos personagens!).
É, estão chegando as eleições... O povo tem que aprender a ser “sublime” e “superior” e perdoar... é, se não perdoar vai pro inferno! “Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido...” Logo, se você não perdoar, Deus não te perdoa também. Isso não é “meio” contraditório?
Perdão? Controle social! Senão neguinho ia sair se matando por aí. Aí vestem o perdão com uma conotação sublime, de superioridade da alma e blá, blá, blá. Fala muito sério, a pessoa que perdoa o assassino de um filho não merece perdão! Que que é isso? Baixa auto estima, inexistência de amor próprio? Eu até acreditaria (acreditaria, não perdoaria) no arrependimento de alguém que deu um golpe, se saiu super bem, tá lá em Dubai feliz da vida e de repente pensa. “_ Pô, o que foi que eu fiz? Vou me entregar pra polícia e pedir perdão a todos que roubei”. Agora o cara larga a mulher, se manda com a outra, toma um pé na bunda, vai preso e aí bate arrependimento e culpa?
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