domingo, 5 de outubro de 2008

Limbo










Minha mente baila.
Este meu corpo em febre baila,
No estreito limite
Entre a loucura e a sanidade.
Caminhando em nuvens,
Com cuidado pra não cair na realidade.

Traiçoeiro estreito.
Imã arranca parte de meu peito,
Ataca a febre e insiste,
Por mera casualidade.
Mas que realidade?
Realidade não existe.

Atração estranha
A sede de voar formiga nas entranhas,
Faz refletir entre o bem,
Entre o o bem e a maldade.
Faz refletir entre o bem...

Existe um outro lado.
Por isso ando com cuidado neste escuro,
Como um animal noturno
Caminhando em envidraçado muro.
O preço é caro.
O preço é caro.

Minha vida é como este bar,
Que agora fecha as cadeiras
E joga água em meus pés como um mar.
Andar em nuvens é negar,
É negar este real.
Haverá final?

A Ruth
1985

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